Evolução dos contos de fadas

Evolução dos contos de fadas

segunda-feira, 30 de maio de 2011

AGENTE SE ACOSTUMA

Olá pessoal, hoje eu decidi postar o texto de Marina Colasanti com o tema citado acima, este texto usa palavras que sem querer mechem com a nossa forma de pensar, coisas tão pequenas que acontecem em nosso cotidiano que nos fazem ficar acostumados.

Marina Colasanti:  Eu sei que a gente se acostuma. Mas não ...

Eu sei que a gente se acostuma.
Mas não devia.
A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e a não ter outra vista que não as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todo as cortinas. E porque não abre as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E porque à medida que se acostuma, esquece o sol, esquece o ar, esquece a amplidão.
A gente se acostuma a acordar de manhã, sobressaltado porque está na hora.
A tomar café correndo porque está atrasado. A ler jornal no ônibus porque não pode perder o tempo da viagem. A comer sanduíches porque já é noite. A cochilar no ônibus porque está cansado. A deitar cedo e dormir pesado sem ter vivido o dia. A gente se acostuma a abrir a janela e a ler sobre a guerra. E aceitando a guerra, aceita os mortos e que haja números para os mortos. E aceitando os números, aceita não acreditar nas negociações de paz. E aceitando as negociações de paz, aceitar ler todo dia de guerra, dos números da longa duração. A gente se acostuma a esperar o dia inteiro e ouvir no telefone: hoje não posso ir. A sorrir para as pessoas sem receber um sorriso de volta. A ser ignorado quando precisava tanto ser visto. A gente se acostuma a pagar por tudo o que deseja e o que necessita. E a lutar para ganhar o dinheiro com que paga. E a ganhar menos do que precisa. E a fazer fila para pagar. E a pagar mais do que as coisas valem. E a saber que cada vez pagará mais. E a procurar mais trabalho, para ganhar mais dinheiro, para ter com o que pagar nas filas em que se cobra.
A gente se acostuma a andar na rua e ver cartazes, a abrir as revistas e ver anúncios. A ligar a televisão e assistir a comerciais. A ir ao cinema, a engolir publicidade. A ser instigado, conduzido, desnorteado, lançado na infindável catarata dos produtos.
A gente se acostuma à poluição. À luz artificial de ligeiro tremor. Ao choque que os olhos levam na luz natural. Às besteiras das músicas, às bactérias da água potável. À contaminação da água do mar. À luta. À lenta morte dos rios. E se acostuma a não ouvir passarinhos, a não colher frutas do pé, a não ter sequer uma planta.
A gente se acostuma a coisas demais, para não sofrer. Em doses pequenas, tentando não perceber, vai afastando uma dor aqui, um ressentimento ali, uma revolta acolá. Se o cinema está cheio, a gente senta na primeira fila e torce um pouco o pescoço. Se a praia está contaminada, a gente só molha os pés e sua no resto do corpo. Se o trabalho está duro, a gente se consola pensando no fim de semana. E se no fim de semana não há muito o que fazer, a gente vai dormir cedo e ainda satisfeito porque tem sono atrasado. A gente se acostuma para não se ralar na aspereza, para preservar a pele.
Se acostuma para evitar feridas, sangramentos, para esquivar-se da faca e da baioneta, para poupar o peito.
A gente se acostuma para poupar a vida.
Que aos poucos se gasta, e que, de tanto acostumar, se perde de si mesma.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Ser ou não ser eis a questão

Pessoal ultimamente quando me perguntam que curso estou fazendo e respondo Pedagogia, a resposta é sempre a mesma: "vc é louca" ou "boa sorte", nos últimos dias tive pensando será que é isso mesmo, que quer pra minha vida, uma profissão cheia de desafios, tanto esforço para se manter em um curso superior de três anos e meio, para pouca remuneração, e valorização que fiquei pensando será que vale a pena continuar.
No momento além de estudar, estou estagiando como aluna pesquisadora em uma sala de primeira série em uma escola pública de São Paulo, como sou auxiliar de classe, estou tendo a oportunidade de além de já atuar na área, tb tenho acesso a outros departamentos da escola e um destes departamentos é sala dos professores, hoje na hora do recreio, ouvi a seguinte frase de uma professora que se encontra a 47 anos atuando em escolas públicas de São Paulo: " Me sinto realizada com a profissão que eu escolhi, mais do que realizada feliz, encontrei espinhos no meio do caminho, mais as flores que colhi foram muito mais", nossa isso foi uma motivação para eu continuar no caminho que escolhi, com estas frases descobri que nada é fácil,mas que não devemos nos preocupar somente com os espinhos que encontraremos, mas também pensar nas flores que apareceram.
Gente o melhor é que com todos os anos de profissão esta professora não pensa em se aposentar e ainda falou que doa um pouco da idade que ela tem, para quem queira se aposentar, acho que todos que estão se formando para ser professor deveriam um dia durante sua formação se encontrar com uma profissional como esta, pois o que mais tenho encontrado são professores desmotivados, e desmotivadores.
quis acrescentar este depoimento em meu blog pois acredito que vale a pena. 

Como ter educação em um mundo em que poucos a utilizam?

Decidi escrever sobre este tema, devido minhas andanças nas ruas da cidade de São Paulo, uma cidade tão grande cheia de culturas diferentes, e pessoas diferentes, e com tão poucas pessoas com educação.
Nestas caminhadas tenho percebido como tem sido difícil de encontrar pessoas educadas, que quando as encontro fico até assustada, estes dias subindo no ônibus encontrei uma dessas pessoas, eu tenho por costume quando estou em algum ponto no centro da cidade deixar todas as pessoas subirem, para eu ir depois, pois o que mais encontro neste lugar são pessoas apressadas que pensam que o ônibus irá embora sem elas, e vão subindo com tudo sem respeitar que está atrás ou ao lado, empurram dão cutuveladas,e ainda te olham de cara feia, vejam só, então voltando ao assunto, um dia destes me deparei com um rapaz "educado" que me deixou passar em sua frente, e até falou "pode passar moça eu vou depois", gente fiquei impressionada com tamanha educação, não que eu não seja educada, mas sou minoria neste mundo de maioria, então quando encontrei uma pessoa da minha "turma", fiquei olhando assim e o rapaz até falou: "assustada moça, por não mais ver isso", tive até que balançar a cabeça concordando com o que ele disse, fazer o que né.
Se todas as pessoas se concientizassem que ter o minimo de educação pode fazer tanta diferença no mundo em que vivemos hoje, estes dias no metrô, me deparei com uma sem educação, quase que desci ao nível dela, mas me contive lhe dei uma resposta que a deixei calada, foi melhor para ambas as partes, vejam:
Estava eu atrasada e no metrô Tatuapé e para andar mais depressa decidi subir de escada rolante, mas eu não pretendia ficar parada na escada, queria ir subindo degrau por degrau para ser mais rápido, era um direito meu, concordam? Então mas havia uma cidadã na mesma escada e no mesmo horário que eu, que não achava a mesma coisa estava para da no lado esquerdo dizendo que não ficaria do lado direito, pois a escada rolante é para quem não queria fazer exercícios, gente eu não queria fazer exercícios queria andar mais rápido, daí eu tive que mostrar para ela que havia uma placa que dizia, para se deixar a esquerda para circulação, tive então que mostrar aquela cidadã que era um direito meu sim subir os degraus da escada rolante, pois havia uma placa que me dava este direito, e disse mais, que aquilo o que ela estava fazendo era uma forma de gerar mais ignorancia no mundo em que vivemos, e que o mesmo direito que ela tinha de ficar parada na escada eu tinha de circular pela escada.
Penso  a falta de educação é característica de pessoas egoístas, que só pensam em si mesmas não estão nem aí para os outros, pois podem observar quando alguem está fazendo algo que para você é falta de educação pode crê que ele esta fazendo aquilo pois só esta pensando em si próprio, por exemplo as pessoas que ouvem música alta na condução, digam se não é de matar, mas vejam isso é característica de uma pessoas egoísta, ela só está fazendo aquilo naquele momento,pois só consegue pensar no seu bem estar, dane-se se que quem está ao lado dele gosta de um outro estilo de música.
Gente são tantas experiências que passo com pessoas sem educação que ficaria aqui horas, escrevendo folhas e mais folhas, sobre este assunto, mas vou ficar por aqui deixando a seguinte reflexão que vale a pena ser educado sim neste mundo de poucos, sempre...em todas as ocasiões, para o rico e para o pobre..a educação registra voce, sela voce...marca voce..e diz quem vc é..

E para você que leu este texto e não pratica o uso da educação, comece fazendo isso um país melhor começa se usando a educação, palavras como Por favor, com licença (e não dá licença), desculpe, bom dia, boa tarde, boa noit e até logo, fazem toda a diferença, te torna uma pessoa mais agradável.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Provas


Hoje na faculdade tivemos provas de Tec 2, vou dizer que não achei fácil, estudei, estudei e sabe quando parece que não cai nada do que você estudou, aconteceu comigo, mas mesmo assim acho que devo ter me saído + ou -, pois a prova foi bem similar ao conteúdo que a professora passou nas aulas, foi o que me salvou.
Com esta prova pensei por quê ficamos tão nervosos e anciosos em dia de prova, uma palavrinha que nos acompanha desde os anos iniciais nas escolas.
Para responder esta questão pensei nas aulas de Psicologia do desenvolvimento, que responde que as provas sempre serviram como caráter punitivo, para reprovar um aluno, penso que as provas, é uma das grandes responsáveis por fazer  o aluno não gostar da escola.
Refletindo sobre esta resposta penso que mesmo os cursos de Pedagogia pregando contra o fim das punições, nós estudantes de pedagogia continuamos sendo punidos com as provas, sei que as provas são feitas para avaliar o aprendizado do aluno, mas se ela fosse aplicada somente com este propósito seria algo mais "feliz" de se fazer, mas ela é aplicada para avaliar e reprovar, será que quando o aluno erra na prova o erro é só dele? ou o professor também pode esta errado na maneira de ensinar. No momento tenho ouvido muito que o erro só é do professor quando a erro for por mais da metade da sala, e quando são poucos alunos que erram o erro é só do aluno, será que o professor não tem nada a ver com isso, será que os outros que se saíram bem, aprenderam ou decoraram, será que só existi provas, como meios de avaliação e de reprovação????



Desabafo dado em 25/05/2011 às 10:27

Chapeuzinho Vermelho

Continuando a falar das aulas de Literatura Infantil, esta foi uma das disciplinas que mais me encantaram neste semestre, aevolução dos contos de fadas foi uma das coisas que mais me chamaram a atenção, decidi então fazer um breve relato das histórias de Chapeuzinho Vermelho em três versões, a primeira contada por Charles Perrault,  contarei a história também na versão dos Irmãos Grimm que retira da história algumas cenas de violência, na  versão dos  Grimm a menina e a avó são salvas pelo caçador que as tira da barriga do lobo abrindo-a com uma tesoura, e deixarei um trecho do filme deu a louca da Chapeuzinho Vermelho que é a minha preferida.


Versão Charles Perrault:
A versão de Charles Perraul, é a história de chapeuzinho vermelho sem um final feliz, é aquela história contada com uma moral de medo, o qual é imposto para que hovesse obediência entre as crianças do sec XVII, na versão escrita por Perrault o lobo devora a menina e a avó.


Versão Irmãos Grimm

 

na  versão dos  Grimm a menina e a avó são salvas pelo caçador que as tira da barriga do lobo abrindo-a com uma tesoura





Trecho do filme "Deu a louca na chapeuzinho vermelho" 
A animação  Deu a louca na chapeuzinho é uma  sátira de Chapeuzinho Vermelho. Que começa pelo final. Aqui, policiais do reino animal investigam a casa da vovozinha, uma garota, um lobo e um machado suspeito. As acusações são várias: invasão de domicílio, distúrbio da paz, intenção de comer e carregar um machado sem permissão.


Trecho do filme



sábado, 21 de maio de 2011

Aula de Literatura Infantil

Ao longo do primeiro semestre de 2011, no curso de pedagogia, tive como uma das disciplinas do curso, aulas de Literatura Infantil.
Foram aulas muito importantes, descobrimos o inicio dos contos de fadas, com as primeiras versões de histórias  como  Chapeuzinho Vermelho e Cinderela, contados por Charles Perrault, e Irmãos Grimm.
Até as histórias brasileiras contadas por nosso querido Monteiro Lobato, tivemos a oportunidade de conhecer o Sítio do Pica-pau -amarelo.
E agora quase no final do curso foi proposta pela professora Sueli, que contassemos uma história em dupla, foi bem legal eu juntamente com a minha amiga Ormisda contamos a história da princesa adivinhona, para não ficarmos na mesmisse, contamos a história com a ajuda de dois bonecos, a boquinha Lili, intrepretada por mim e o bonequinho Zezinho, interpretado pela Ormisda, ficamos tão surpresas com a reação de nossos colegas de classe, que após a apresentação  vieram nos parabenizar, valeu pelo apoio turma, agora compartilho com vocês um pouco de um momento, muito importante para mim na Faculdade.