Pessoal já falei para vcs da minha experiência com crianças no meu estágio, mas nunca falei da minha experiência como tia aos finais de semana.
Tenho um sobrinho de três anos chamado João Pedro, segundo Jean Piaget ele se encontra no período de sua vida designada como o período pré-operatório.
É nesta fase que surge, na criança, a capacidade de substituir um objeto ou acontecimento por uma representação, esta substituição é possível, conforme Piaget, graças à função simbólica. Neste estagio a criança já não depende unicamente de suas sensações, de seus movimentos, mas já distingue um significador (imagem, palavra ou símbolo) daquilo que ele significa (o objeto ausente), o significado, é importante ressaltar o carácter lúdico do pensamento simbólico. Assim este estágio é também muito conhecido como o estágio da Inteligência Simbólica. A criança deste estágio: é egocêntrica, centrada em si mesma, e não consegue se colocar, no lugar do outro, não aceita a ideia do acaso e tudo deve ter uma explicação, já pode agir por simulação, "como se", possui percepção global sem discriminar detalhes e deixa-se levar pela aparência sem relacionar fatos. Podemos dizer que a criança e egocentrista da sua maneira ou seja, implica a ausência da necessidade, por parte da criança, de explicar aquilo que diz, por ter certeza de estar sendo compreendida. Da mesma forma, o egocentrismo é responsável por um pensamento pré-lógico, pré-causal, mágico, animista e artificialista.
Com o João Pedro em minha vida pude perceber que as observações feitas por Piaget no início do seculo XX, é a mais pura verdade.
Ele se encontra em uma fase em que tudo e todos são dele, o que comprova seu egocentrismo, bate em quem se aproxima de algoo ou alguém que seja "dele", e não adianta manda ele se colocar no lugar do outro.
E mais uma vez a teoria e a prática se conciliam em minha vida.
João Pedro obrigada por fazer parte da vida da tia.....





